e depois eterno esse amor de mais ninguém?
fragmentos
um a um
julho 21, 2014
58
o teto cabelo desalinhado acordo a pensar que habito todas as tuas canções só por acreditar que sim e medo de te perguntar
escrevo antes um poema
é que a verdade segredo-ta ao ouvido diz-se com melodias noturnas que da nascente à foz são nem que seja a fingir nem que seja invenção minha
linha a linha nota a nota um desejo teu um desejo meu um retrato quem sabe de nós
abril 20, 2014
57
eu tentava explicar: o caminho é
como para te dizer sem te dizer
que eras tu
mas por alguma razão foi sempre só meu é sempre apenas tão só o
caminho de cada um
e assim lá fomos caminhando paralelamente sem dizer
palavra
sem nunca nos darmos as mãos em lugar algum
abril 19, 2014
56
e de que me serves tu se na queda mar gelado apenas silêncio
se nenhum beijo se nenhuma canção se nenhuma mão se nenhum abraço apertado?
abril 17, 2014
55
e por vezes um intervalo precipício nada
espaço vazio nenhuma margem onde chegar
para quê uma ponte apetece-me perguntar primeiro
o silêncio depois
o eco a resposta sem voz: a ponte somos nós
fevereiro 17, 2014
fevereiro 16, 2014
53
de fragmentos palavras (de amor? de
beijos?) se faz cada frase dia (a_dia_do e_ternamente) até ao nunca instante
sítio escondido (desejado) em que tudo faça (o perfeito) sentido (com melodias sonhado?)
fevereiro 08, 2014
52
diz
que é
possível
diz assim
devagarinho
que é verdade
nascem voos
no coração
outra vez
mesmo
depois
da saudade
que podemos
morrer de dor
sem perceber
até de amor
mas depois
devagarinho
o tempo vem
sábio sussurro
e sem remédio
nenhum
vazio
um fado novo
outro navio
primavera
asa forte
renascer
diz
fevereiro 05, 2014
janeiro 25, 2014
janeiro 04, 2014
49
eu sou muitas eu sou muitas dizia-te com urgência
ramificando a alma em sombras cada vez mais finas lentamente à tua espera
dezembro 14, 2013
dezembro 02, 2013
47
fragmento de pedaço de parte de fração de mim
mais inteiro que corpo partido desfeito e depois colado assim
novembro 02, 2013
46
e como fechar o rio que nasceu cresceu vai para onde vou e que ausência silêncio verão nenhum secou?
outubro 13, 2013
outubro 12, 2013
44b
recortar-te colar-te onde quiser
espuma de sonho feita desfeita feita desfeita feita desfeita nunca perfeita
dança entre vida e morte infinitamente para sempre tecida palavra longa fina forte
agosto 20, 2013
44a
palavra amor areia molhada colada à mão?
nunca grão a grão escapando entre os dedos por mais apertadas que sejam estejam as malhas da rede e da vida
esses medos
agosto 16, 2013
43
poema saudade que se desdiz silêncio fazedor de noites criador de sombra apagador de luz e de giz
julho 07, 2013
42
vento in_ventado sol maior lua bemol fora de si que me in_quieta me separa de mim me divide em duas pedaço com raiz e metade só asa que voa até ti
junho 30, 2013
41
eu dizia baixinho quando acordava o dia porque acreditava
os sonhos moram inquietos numa casa longe sem palavras nem paredes
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